Emma Morley


Arthur's Seat, Edimburgo, Escócia

"Começou outra vez a andar para sul, em direcção ao monte artificial que ligava a cidade velha e a cidade nova. "Vive cada dia como se fosse o último", era esse o conselho convencional, mas francamente, quem tinha energia para tal coisa? Então e se chovesse, ou estivesse com dores do período? Não era prático, pronto. De longe, melhor procurar simplesmente ser-se bom e corajoso e arrojado e fazer alguma diferença. Não era exactamente alterar o mundo, era só o pedaço à volta. Sair para o mundo com paixão e a máquina de escrever eléctrica e trabalhar no duro a fazer... qualquer coisa. Mudar vidas por meio da arte, talvez. Estimar os amigos, permanecer-se verdadeiro aos nossos princípios, viver apaixonadamente e plenamente e bem. Experimentar coisas novas. Amar e ser amado, se alguma vez houvesse oportunidade.
Essa era a teoria geral dela, embora não tivesse começado lá muito bem. Com pouco mais do que um encolher de ombros, dissera adeus a alguém de quem gostava mesmo, o primeiro rapaz a quem ela realmente ligara,e agora teria de aceitar o facto de que, provavelmente, nunca mais o veria. (...)"

David Nicholls, One Day

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